domingo, 21 de outubro de 2007

Video e Formas Breves Cinematográficas

(continuação da aula 1)
Tal como prometido aqui está o Link para o texto "Play" de Samuel Beckett
http://playsamuelbeckett.blogspot.com

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Vídeo e Formas Breves Cinematográficas

1ª Aula

Abordagem às diferenças e semelhanças entre a “sensibilidade plástica” e a “sensibilidade cinematográfica/narrativa”.

O Sentido íntimo das imagens. (Visão Geral)
1 – A Imagem Fixa como Corte - corte do campo porque ele tem um limite, o limite da imagem, ou seja, o que está na imagem é a imagem toda, não há fora de campo “se está na imagem é porque foi escolhido”.
2 – A Imagem em Movimento como Interrupção – A câmara ao captar uma imagem interrompe o fluxo contínuo das coisas.

Estes dois processos alimentam o distanciamento face às coisas e paradoxalmente aproximam-nos do sentido íntimo das imagens.

Corte transversal que une pólos opostos - o Fixo e o Movimento – permite-nos ter um ponto de vista, entendido aqui como uma visão geral do mundo.

Exemplos:

Imagens Fixas:







Nicolas Poussin

The Holy Family
1649

Jacques-Louis David
Consecration of the Emperor Napoleon I and Coronation of the Empress Josephine
1805-07

Imagens em Movimento:
“Querelle” de Rainer Werner Fassbinder, 1982.











“Fight Club” de David Fincher, 1999.









Qualidades do Corte Transversal. (uma Visão mais de Perto)

1 – Na Pintura o corte é de natureza expositiva. No Desenho o corte é Simbólico.
Exemplos:
Leonardo Da Vinci
Shoulders

1510
















2 – Na imagem em Movimento o corte é mais uma interrupção no Espaço e no Tempo, de modo que, ficamos perante uma espécie de curto-circuito entre os significados que se colam às imagens (conotação) e a direcção própria das imagens (denotação). A este curto-circuito chamei atrás o sentido íntimo das imagens.

Exemplos:
- “Bronenosets Potyomkin” de Sergei M. Eisenstein, 1925.







- “Play” de Anthony Minchella, 2000.







Excertos de filmes para análise e comentário no final da aula:

- “Lancelot du Lac” de Robert Bresson, 1974.









- “Man Sees Horse #5” de António
Poppe, 2005.







Referências:
The Work of Art in the Age of Mechanical Reproduction¹, “Fragmentos Estéticos² e “Sobre a Situação da Arte Cinematográfica Russa² de Walter Benjamin.
Rhetoric of the Image³, “The Third Meaning³ e “Diderot, Brecht, Eisenstein³ de Roland Barthes.

¹ in “Illuminations” Ed. Schocken Books, 1978.

² in “A Modernidade” Ed. Assírio & Alvim, 2006.

³ in “Image – Music – Text” Ed. Hill And Wang, 1977.